Bolo de banana (sem trigo)

bolo de banana 3


Bolo é sempre bem vindo!!! Seja no café da manhã ou da tarde, num pic nic ou para um lanche fora de hora…  E bolo de banana é aquela simplicidade, aroma e doçura… Um sabor tão conhecido que parece que vem das memórias da infância e traz junto esse afeto da comida feita em casa, porque banana é fruta simples, que farta, que alimenta e nunca se perde, podendo sempre virar doce ou bolo… E nessa receita podemos usar bananas no ponto ou bem maduras, e se forem orgânicas, pode-se usar também as cascas e aproveitar a fruta inteira, com todas as fibras e vitaminas!!!

Esse bolo de banana não leva farinha de trigo, nem leite , nem ovos! É fácil de preparar, é fofinho e muito apetitoso. Ele puro já é bem gostoso, mas dá para criar variações da receita, pode-se acrescentar uvas passas, nozes picadas ou chocolate em pedaços à massa antes de assar que vai dar aquela incrementada, e o “simples” bolo de banana ganha outros ares e sabores!!!

Bolo de Banana (sem trigo)

Ingredientes

1 xic. de açúcar mascavo

6 col. de chá de linhaça moída (e hidratada por 15 minutos em 3/4 xic de água)

1 pitada de sal

4 bananas (3 para a massa do bolo e 1 para decorar; para a massa pode -se usar as bananas com a  casca)

1 col. de chá de canela em pó

1/2 xic. de óleo de girassol

1 xic de farinha de aveia

1 xic. de farinha de arroz

1 col. de chá de bicarbonato de sódio

 

Modo de preparo

Pré aqueça o forno e unte uma forma.

Bata no liquidificador os seis primeiros ingredientes (açúcar mascavo, linhaça já hidratada, sal, bananas, canela, óleo)  até formar um creme liso. Em uma bacia, junte a esse creme os demais ingredientes mexendo para misturar bem. É bom peneirar as farinhas para melhor incorporá-las à mistura.  Se quiser, acrescente uvas passas, ou nozes, ou chocolate em pedaços por último, quando a massa já estiver homogênea. Coloque a massa na forma untada, e delicadamente coloque rodelas finas de banana por cima da massa, polvilhe um pouco de canela e leve ao forno pré-aquecido para assar em forno médio por aproximadamente 30 minutos.

Depois de assado é só esperar esfriar e bom apetite!!! 😉

 

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Queijos Veganos Artesanais

prato 3 queijos

Todos nós, ou quase todos, gostamos muito de queijos!!! E isso tem muitas explicações, para além do sabor e do hábito. Algumas pesquisas indicam que há substâncias viciantes, semelhantes à “opiáceos”,  na composição dos queijos de leite animal e esse é mais um detalhe que faz com que seu consumo seja frequente e que muitas pessoas considerem “impossível” viver sem queijos! Eu mesma me considerava uma “viciada” em queijos, de todos os tipos e em todas as ocasiões! Hoje continuo gostando muito de queijo, dos surpreendentes e saborosos queijos veganos, e já não sinto falta e nem consumo mais os queijos convencionais, que são produzidos à base de leite animal e de muito sofrimento!!!

Sim, porque os queijos feitos a partir de leite animal são fruto de muita violência, da dominação e exploração das fêmeas e da maternidade, num sistema cruel que engravida a vaca à força, e logo que o bebê nasce, é retirado de perto de sua mãe para que o leite seja todo destinado a humanos… A indústria de laticínios está de mãos dadas com a indústria da carne e promove a sistemática exploração da maternidade, o assassinato de filhotes (carne de vitela!) e o abuso do corpo das fêmeas!!!

Por isso o passo do ovo-lacto vegetarianismo rumo ao veganismo é também o grande passo rumo à libertação final de toda a injustiça especista e de gênero, pois só no veganismo as fêmeas, como as vacas, cabras, ovelhas e as galinhas, poderão ser livres da escravidão! Sim o veganismo é feminista!!! E esse para mim foi o detalhe mais importante, que fez com que eu deixasse para traz meu apego aos queijos e ovos, pois por mais “saboroso” que fosse, eu não queria mais compactuar com essa injustiça, com essa exploração sexista, que até no reino animal subjuga ainda mais as fêmeas!

Sobre esse assunto há inúmeros textos muito interessantes e esclarecedores; para quem quiser aprofundar, deixo aqui duas indicações de livros: ” Galactolatria: mau deleite”  de Sonia T. Felipe (www.galactolatria.org ) e “Política Sexual da Carne” de Carol J. Adams.

Como há um tempo venho pesquisando e testando muitas receitas de queijos sem nenhum ingrediente de origem animal, totalmente veganos, feitos a partir de várias técnicas e bases vegetais, posso afirmar que há um universo incrível de possibilidades a ser explorado! São muitas as experiências, que resultam em diferentes tipos de queijos, muito saborosos, criativos e muito mais éticos!  Já existem algumas marcas de queijos veganos no mercado, o que faz imensa diferença no mundo por oferecer aos consumidores opções mais éticas, porém muitas vezes esses produtos ainda não estão disponíveis em todos os lugares e, às vezes, seus preços não são tão convidativos… Claro que esse panorama está em constante mudança, e para melhor, pois com o crescimento do veganismo no mundo a cada dia veremos mais e mais produtos veganos por ai! Mas a possibilidade de produção  artesanal é sempre muito bem vinda, pois além da autonomia, é mais econômica e criativa, pois traz a possibilidade de você fazer seu queijo com a personalidade que desejar, variar um pouco nos temperos, criar outros sabores…

A receita que escolhi partilhar aqui, “Queijo de tomate seco e tofu”, é um queijo fácil de fazer, fruto de uma recriação que fiz da receita original “Queijo branco vegetal”, da página do “vista-se” (www.vista-se.com.br), e resultou em um queijo muito saboroso que agradou todo mundo,  veganos  e onívoros, incluindo até um amigo francês, o que, convenhamos, deu um charme a mais para a aprovação geral!!!

Queijo de Tomate seco e Tofu

Ingredientes:

500g de tofu fresco;

200g de tomate seco (em conserva de óleo/azeite);

2 ½ limões (suco);

1 ou 2 dentes de alho;

um bom punhado de folhas de manjericão fresco;

2 ½  copos de água mineral;

½ copo de azeite extra-virgem;

3 col. chá de sal;

1 pitada de pimenta (opcional);

1 col. sopa de polvilho azedo;

1 col. sopa de polvilho doce;

4 col. sopa de ágar-ágar refinado.

 

Modo de preparo:

Primeiramente, esfarele o tofu ou esmague com o garfo para ficar em flocos. Reserve. Coloque no copo do liquidificador o tomate seco (escorrido), um copo de água morna, o sal, o azeite, a pimenta (se desejar), o suco de limão, os polvilhos, o alho e o manjericão. Bata bem pois deve ficar um creme bem homogêneo. Acrescente o tofu e mais meio copo de água. Bata novamente e ajude com uma espátula para que toda a mistura fique bem homogênea; se precisar, coloque um pouco mais de água, tendo em vista que deve ficar com uma consistência cremosa e homogênea.

Em uma panela, misture o agar-agar com um copo de água fria. Dissolva e leve ao fogo, mexendo sempre até ferver e então deixe cozinhar por 30 segundos a um minuto, aproximadamente. Acrescente essa gelatina ainda quente à mistura do liquidificador e bata bem para incorporar. Neste momento, deve-se ter cuidado pois o agar-agar endurece muito rapidamente por isso sugiro que ligue o liquidificador e vá incorporando a gelatina ainda quente ao creme com o liquidificador já ligado, pois é preciso evitar que o agar-agar solidifique antes de misturar. Se precisar, use uma espátula para ajudar.

Distribua essa mistura em formas untadas com azeite, espere esfriar um pouco e coloque na geladeira para endurecer. Depois de pelo menos 4h, o queijo já deve estar pronto (dependendo do tamanho da forma). Este queijo pode ser desenformado para servir e fica num ponto de cortar com faca, embora mantenha alguma cremosidade.

Obs. 1: a receita vai render uns 3 queijos (de aproximadamente 500g), e a validade deles é de pelo menos 15-20 dias refrigerados.

Obs. 2: na imagem da foto que inicia este post, temos três diferentes queijos artesanais feitos por mim: o maior e avermelhado é o queijo de tomate seco desta receita. Os outros dois são o requeijão tofupiry (cuja receita já está aqui no blog) e o queijo de castanha de caju, que será o tema de um próximo post.

Espero que gostem!!! 😉

 

 

 

 

 

 

Pão de “Beijo”

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Pão de “Beijo” é o carinhoso nome para uma versão vegana do tradicional pão de queijo mineiro.

Muito saboroso, mais saudável e ético que o tradicional, por não levar nenhum ingrediente derivado de animal, este pãozinho tem o característico puxa-puxa do original!  Ao fazê-lo sem leite ou queijo animal, nem ovos, este pão de “beijo” revela que o seu gostinho azedinho característico vem do polvilho e não do queijo! Muito mais amor e vida, sem lactose, sem colesterol, sem glúten e sem sofrimento animal!

Para fazer a alegria das crianças e adultos, uma receita simples e prática,  um alimento tão característico brasileiro em uma versão vegana, que alimenta o corpo e a alma, nos proporcionando o contato com sabores e lembranças que nutrem também nossas memórias afetivas. Porque não consumir produtos de origem animal significa escolher menos sofrimento e mais criatividade para preencher o mundo com mais vida e amor. Escolher com mais consciência, com mais respeito, com mais informação… escolher o que é bom, bom para todos!

RECEITA  do Pão de “Beijo”

ingredientes:

200 g de polvilho doce;

300g de polvilho azedo;

500g de mandioquinha cozida e amassada ( tipo purê);

150 ml de água quente;

150 ml de azeite extra-virgem;

3 col. de chá de sal marinho.

Modo de fazer:

Em um bacia grande,  misture primeiro os polvilhos e o sal. Acrescente o azeite e misture até formar uma farofa homogênea. Adicione a mandioquinha e a água aos poucos, amassando com as mãos até incorporar tudo em uma massa homogênea. Molde as bolinhas, distribua numa forma com um espaçamento de 3 cm entre elas. Asse em forno pré-aquecido até crescerem e dourarem. O tempo varia de forno para forno, sugiro uns 10 min para pré- aquecer e uns 40 min para assar. Forno em temperatura média ( 180°C a 200°C) .

Obs 1: esta receita de massa é basica, a ela podemos somar sabores, como orégano e outras ervas secas, temperos a gosto, como tomilho, salsa e açafrão ou também azeitonas picadinhas. Como variação da receita pode-se usar mandioqunha apenas ou outro purê, combinando por exemplo batata e cenoura. Fica uma delícia!

Obs 2: Para armazenar, pode-se congelar as bolinhas e assá-las direto sem descongelar, apenas vai demorar um pouco mais no forno. Pode-se também guardar a massa pronta na geladeira (ela pode ficar até uma semana na geladeira), apenas amasse um pouco  a massa antes de moldar e assar.